segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Polícia Militar: operante ou inoperante? Eis a questão!

É notório o estado que a população sergipana enfrenta todos os dias. A falta de segurança vem transformando cidadãos de bem em verdadeiros reféns da bandidagem. Muros altos, cachorros brabos, grandes investimentos em segurança eletrônica. Vale tudo na luta por dias mais tranqüilos e para que se aumente o sentimento de segurança. Segurança essa que é papel do Estado fornecê-la. Mas como fazer isso se os nossos policiais ganham misérias como salários, são despreparados, baixo efetivo e ainda contam com uma extraordinária estrutura, digna de um grande país subdesenvolvido: viaturas velhas, armamento que parecem mais sucatas, coletes à prova de bala com validade vencida, enfim, uma enorme folha corrida de problemas.

Mesmo assim, deveríamos torcer que, pelo menos, esses policiais tentassem ajudar a população que sofre muito com a falta de segurança. Muitas vezes, por conta de todos os problemas que a segurança pública enfrenta, esses policias trabalham desmotivados e não dão a devida atenção que nós, cidadãos merecemos. Um exemplo da inoperância da polícia passou esse simples jornalista, quando no último sábado, por volta das 15h, nas proximidades do bar dos Amigos, na praia de Aruana, o veículo, que se encontrava na frente do bar foi arrombado e este colunista teve celular, carteira com todos os documentos e relógio, furtados.

Até aí tudo bem (não muito bem, mas vamos continuar), quando nos damos conta do que havia acontecido, um viatura da Companhia de Policiamento Turístico (Cptur) estava passando no momento. Ao atender nossa solicitação, que diga-se de passagem foi bem discreta, com uns cinco homens pulando no meio da rodovia, recebemos a triste notícia de que eles nada poderiam fazer, pois não havia flagrante. Mesmo nossas suspeitas recaídas para um grupo que, desde cedo, apresentava comportamento suspeito, os policias não tiveram nem a coragem de fazer a abordagem, ou o famoso ‘baculejo’. Quer dizer que se um cidadão for assaltado e suspeitar de um certo indivíduo, acionar a polícia, esta nada poderá fazer porque não foi flagrante?

Desta forma não vai existir mais prisões, porque se dependermos da operância, ou seria inoperância da polícia, seremos extorquidos da forma mais desumana possível, em um verdadeiro assalto à mão armada da nossa dignidade e nosso direito de ir e vir. Como poderemos ter segurança, se a própria polícia não ajuda? Se eles, que são ‘os homens da lei’ nada podem fazer a nosso favor, a não ser se for em flagrante. Vai uma sugestão aos leitores: das duas uma: ou o cidadão não sai mais de casa ou terá que andar sempre com um cão feroz ao lado. Que mundo é este?

Devedores do INSS em SE estarão livres da Justiça I
O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, baixou uma portaria determinando que dívidas de até R$ 10 mil de contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não sejam cobradas na Justiça, mas administrativamente. Em Sergipe, mais de mil pessoas irão se beneficiar com a medida e ficarão livres de ações judiciais. De acordo com a portaria, a execução fiscal só será ajuizada quando o mesmo contribuinte tiver mais de uma dívida, cuja soma ultrapasse esse valor. Segundo o ministro, a medida contribuirá para reduzir custos e aliviar os Tribunais das ações de pequenos valores, liberando, também, os procuradores federais para atuarem em causas de maior impacto financeiro para o sistema.

Devedores do INSS em SE estarão livres da Justiça II
A portaria autoriza o pedido de arquivamento de processo de execução fiscal de débitos inscritos na dívida ativa do INSS cujos valores sejam inferiores a R$ 10 mil, mediante requerimento de procurador federal. Para a cobrança administrativa de débitos previdenciários, a Procuradoria Federal emite aviso de débito por carta. Atualmente, existem 354.657 créditos inscritos na Dívida Ativa do INSS, com valores inferiores a R$ 10 mil. O total é de R$ 1 bilhão. Em Sergipe são cerca de 1.100 num total de aproximadamente R$ 646 mil conforme lista atualizada pelo INSS em 31 de março deste ano. Caso o devedor não pague, tem o nome inscrito na Dívida Ativa e no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (CADIN). Com isso, fica impedido de fazer empréstimo em instituições federais, entre outras sanções.

Operação Loki I
A Polícia Civil apresentou na manhã desta sexta-feira, o resultado da Operação Loki, responsável pela desarticulação de uma quadrilha de golpistas que agia contra aposentados e pensionistas em Laranjeiras, Brejo Grande, Ilha das Flores e Neópolis. Os golpistas eram liderados pelo casal Adriano dos Santos Ferreira, 23 anos, e Renata Celestina de Andrade Nunes, 23. Em dois anos de golpes, cerca de 200 idosos foram ludibriados a fazerem empréstimos, maior do que o valor solicitado, com desconto em folha de pagamento. De acordo com o delegado de Laranjeiras, Hugo Leonardo, a quadrilha começou a ser investigada em fevereiro deste ano, logo após uma denúncia anônima passada pelo Disque-Denúncia. A partir dessa informação, a polícia chegou a um agenciador, que ganhou o benefício da delação premiada ao entregar os comparsas e todos os detalhes do esquema.

Operação Loki II
O crime consistia em pedir aos bancos valores maiores que os solicitados pelos clientes. A diferença em dinheiro ficava com os acusados, enquanto todo o saldo devedor era deixado para as vítimas. Os acusados aproveitavam a ingenuidade dos idosos para copiar documentos e colher a assinatura dos aposentados em uma folha em branco, porém as fichas de empréstimo só eram preenchidas depois que Adriano consultava o histórico do beneficiário, junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Após verificar se o aposentado já tinha algum empréstimo, é que o casal definia o valor que seria repassado para as vítimas, que em geral era bem maior que o solicitado pelos idosos. “A partir daí, Adriano inseria esses dados no site de um banco, com uma senha privativa, que ainda não sabemos como adquiriu, e concretizava os empréstimos”, informou o delegado, afirmando que cinco dias depois, os acusados acompanham o aposentado até o banco e lá e ficavam com parte do dinheiro.

Operação Loki III
Para se ter uma idéia do prejuízo causado às vitimas, Adriano realizava em média cerca de R$ 60 a 80 mil em empréstimos. “Pessoas influentes nas comunidades eram contratadas como corretores, para apresentar os golpistas aos moradores, sendo que cada um recebia entre R$ 100 e 120 de comissão, a depender do valor do empréstimo”. A polícia não descarta o envolvimento de funcionários de bancos com o esquema.A operação ganhou esse nome porque Loki está entre as figuras mais complexas da miologia nórdica. Loki é o senhor dos truques, da trapaça, da magia e está associado a ladrões. Por fim, ele é uma figura traiçoeira e nunca se sabe quando se pode confiar nele.