quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CIDADE - PMA discute casos de violência contra a mulher

Para discutir o encaminhamento de casos envolvendo mulheres vítimas de violência doméstica, foi realizada na manhã desta quarta-feira, 9, uma reunião entre a secretária de Assistência Social e Cidadania, Rosária Rabelo, e a coordenadora da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), delegada Daniela Ramos Lima Barreto. O encontro aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), localizada no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, e resultou na construção de uma estratégia que será colocada em prática no município.

Ficou acordado que todas as mulheres vítimas de violência que procurarem a DAGV serão encaminhadas para o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) São João de Deus, órgão mantido pela Prefeitura de Aracaju especialmente para o atendimento de mulheres vítimas de violência. "Semanalmente nós teremos um balanço das denúncias que chegaram até a delegacia e, de posse disso, a equipe do Creas vai realizar a busca ativa dessa mulher, ofertando os serviços para que ela possa superar essa situação vivenciada momentaneamente", afirmou a secretária Rosária Rabelo.

A secretária destacou ainda a importância do encontro, tendo em vista os crescentes casos de violência contra as mulheres. "Nós definimos um protocolo de estratégias para aperfeiçoar essa articulação entre a delegacia e o serviço prestado. Sem dúvida, foi um contato extremamente importante", frisou.

A delegada Daniela Barreto ressaltou a importância do serviço prestado pelo Creas. "Esse serviço é fundamental porque não adianta, apenas, trabalhar na responsabilização do agressor, quando você não trabalha uma retaguarda, um suporte à vítima de violência, para que ela possa retomar as rédeas da sua vida. O Creas tem condição de verificar que necessidades essa mulher tem e inseri-la em programas e serviços", avaliou.

Creas São João de Deus

O Creas São João de Deus tem como finalidade prestar apoio psicossocial às mulheres vítimas e garantir o direito de viver sem violência. Para a delegada Daniela Barreto, esse serviço faz toda a diferença para as vítimas. "Se essa mulher não chega a esse serviço, ela pode perder a oportunidade de receber uma boa retaguarda em um momento determinante da sua vida, que é o momento em que ela resolve tomar providências diante da violência doméstica", completou.

Ligado administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), o Creas é a porta de entrada para que as vítimas sejam acolhidas e possam ter o sofrimento amenizado. Ao chegar no Creas, num primeiro momento, é realizado o acolhimento por uma profissional da equipe técnica. Esse acolhimento consiste na escuta qualificada, em que o profissional se abstém de imprimir valores pessoais ou construídos socialmente.

Durante todo o processo de atendimento, as vítimas recebem acompanhamento psicossocial e são identificadas as demandas em cada caso. "Muitas dessas mulheres, além de terem sido vítimas de violência, encontram-se com seus direitos violados, ou mesmo os desconhecem", ressaltou a coordenadora do Creas São João de Deus, Magna Mendonça.

De acordo com a coordenadora, a procura pelo serviço é espontânea ou através de encaminhamentos. "A própria vítima procura os nossos serviços ou é enviada pelos órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos [delegacias especializadas, maternidade Nossa Senhora de Lourdes, hospitais, Centros de Referência de Assistência Social, Unidades Básicas de Saúde e Conselhos Tutelares]", destacou Magna.

Casa Abrigo

Após receberem os primeiros atendimentos no Creas, as vítimas são encaminhadas para a Casa Abrigo Núbia Marques, criada pela Prefeitura de Aracaju para oferecer atendimento especializado às vítimas de violência doméstica. Com toda a estrutura necessária para garantir o apoio psicossocial de que elas necessitam, a Casa Abrigo funciona como um local de proteção para as mulheres que se encontram em uma situação vulnerável.

Para preservar a segurança delas e de seus filhos, o endereço do abrigo é mantido sob absoluto sigilo. "Esse é mais um mecanismo da rede de proteção social. A Casa Abrigo atende mulheres vítimas de violência e seus filhos menores de idade que tiveram seus vínculos familiares rompidos e que estão sob ameaça de morte", destacou a coordenadora.

Acompanhamento

Após o desligamento do serviço prestado na Casa Abrigo, a mulher vítima de violência continua recebendo acompanhamento através da equipe técnica do Creas São João de Deus para que possa, de fato, superar o trauma vivido. O atendimento é realizado semanalmente por um psicólogo, na sede do equipamento social, e por um assistente social, em visitas domiciliares.

"Essa é uma forma de sabermos como a pessoa está e como ela tem enfrentado o problema", enfatizou a coordenadora de Proteção Social Especial da Semasc, Silvana Santos. Atualmente oito mulheres continuam recebendo atendimento especializado do Creas São João de Deus.

OPINIÃO - Associação Atlética de Sergipe: descaso ou incompetência?

É uma verdadeira tristeza o que vem acontecendo com esse patrimônio dos sergipanos. A Associação Atlética de Sergipe foi uma peça fundamental na vida de muitos sergipanos que começaram ali a trilhar o caminho da sabedoria e do desporto .

Esse espaço de lazer que tanto trouxe alegria para seus sócios, hoje vive em completo abandono e em nada faz lembrar os anos de ouro da instituição. Vivi minha infância compartilhando muitas alegrias e belos domingos de sol com amigos e familiares no clube.

Tenho muitas recordações da piscina, do campo de futebol, da quadra de esportes, do tradicional filé com fritas, enfim, coisas que só vivem no meu imaginário de tanto descaso que vejo com esse patrimônio.

Não consigo entender como deixaram acabar a Atlética. Não consigo mesmo entender isso! Será que foi de propósito? Será que o interesse pela área, já que é localizada em uma parte nobre e super valorizada da cidade, deixou nossos domingos de alegrias tristes? Só o tempo irá dizer!