quinta-feira, 17 de junho de 2010

POLÍCIA - Polícia Militar esclarece recarga de munições no QCG

O comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel José Carlos Pedroso, esclareceu no fim da tarde desta quarta-feira, 16, as informações referentes a uma área do Quartel do Comando Geral da corporação, no centro de Aracaju, que é utilizada para armazenamento de material bélico e recarga de munições. O chamado Setor de Armamento e Munições (SAM), ligado à 4ª Seção do Estado Maior Geral (PM-4), funciona como centro de armazenamento, distribuição e manutenção de armas e munições de todas as unidades da Polícia Militar.

De acordo com Pedroso, o SAM guarda atualmente 20 quilos de pólvora, que são utilizados para reabastecer os cartuchos das armas usadas exclusivamente nas atividades de treinamento de tiro. Para isso, o setor conta com duas máquinas remuniciadoras que têm capacidade para recarregar, por dia, até 1 mil munições de calibres 38 e ponto 40 equivalente a 240 mil munições por ano. "Esse é um procedimento padrão em todas as polícias militares do país, que recarregam as munições de treinamento. Os materiais são manipulados por nossos "armeiros", que são policiais treinados e capacitados em cursos específicos de manipulação de munição e explosivos. E as instalações funcionam dentro dos padrões exigidos pelos órgãos técnicos", diz.

José Carlos Pedroso também garante que a área do SAM, mesmo situada no centro da cidade, não oferece risco de explosão. "A pólvora, se for acondicionada em uma área aberta ou com saída de espaço, apenas chamusca caso seja acesa. Ela só explode se for guardada em ambientes hermeticamente fechados", explica o coronel, acrescentando que o estoque de pólvora hoje existente na área do QCG é uma situação excepcional. "Não fazemos estoque de pólvora no setor, até porque o material é usado de forma muito rápida. No entanto, a empresa responsável pelo fornecimento não nos faz novas entregas há uns dois meses, o que nos obrigou a fazer um estoque para que não falte munição nos nossos treinamentos", disse o coronel. A situação deve ser resolvida nos próximos dias.

O comandante frisa ainda que a recarga de munições usadas em treinamentos promove uma economia significativa aos cofres públicos. Segundo cálculos apresentados pela PM, um lote de 1 mil munições originais, caso fosse comprado, custaria R$ 1.810. Já o mesmo lote recarregado exige gastos de apenas R$ 497, usados na compra de pólvora, espoletas e ogivas (elementos que compõem uma munição). Além disso, os estojos que guardam as munições são de propriedade da PM. O resultado é uma economia aproximada de 360% ao Erário.

Estande de tiro - Pedroso informou também que está prevista para breve a construção de um estande de tiro da Polícia Militar, para concentrar as atividades de treinamento dos integrantes da corporação. Além do estande, será construído um paiol próprio, para o armazenamento de armas e munições da PM. As duas unidades ficarão ao lado do quartel da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRv), entre o Centro Administrativo e a Avenida Osvaldo Aranha, na zona oeste da capital. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), já existem verbas previstas para a construção do estande e do paiol, que deve começar ainda neste ano.

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