Aos 19 anos, Nívea diz que seu maior sonho é participar de uma paraolimpíada internacional e conquistar medalhas de ouro para o Brasil. A prática da natação surgiu quando ela tinha sete anos e precisava ganhar massa muscular para curar problemas ósseos. Passou a ser orientada pela técnica Rosa Maria Moura aos 12 anos, quando começou a participar de treinamentos pesados na natação. Atualmente, na escola, não dispensa as aulas de educação física, orientadas pelo professor Eduardo Couto.
Nívia também participou das Paraolimpíadas Escolares 2009, na cidade de Brasília, e conquistou medalhas de ouro e de bronze na natação. "Ainda pequena, ela gostava de brincar, correr e praticar esportes. Na verdade, essas atividades sempre serviram como terapia para ela", complementou a irmã da esportista, Mirele Santos.
A coordenadora pedagógica da Emef Maria Thétis Nunes, Neusa Maria Aparecida, explica que, apesar da deficiência que Nívia apresenta, o tratamento oferecido na escola é igual ao dos outros alunos. "As limitações não interferem na prática pedagógica que desempenhamos. Ela recebe a atenção que todos os alunos merecem ter e os elogios por estar se destacando no esporte e aproveitando bem as oportunidades que lhe são dadas", ressaltou.
Essa não é a primeira vez que os alunos da unidade escolar se sobressaem em campeonatos esportivos. Este ano, a equipe de futsal sub-14 competiu pela ‘I Copa Tiradentes' e recebeu o troféu pelo primeiro lugar na categoria.
Histórico familiar
Nívia Maria é o terceiro filho de uma família de nove irmãos. Sua mãe, Rosimeire dos Santos, que nunca imaginou ter uma filha atleta, se sente contemplada. "Tive muitos problemas durante minha gravidez e isso influenciou na deficiência que Nívia apresenta, mas com o tempo as práticas esportivas foram favorecendo a aquisição dos movimentos", explicou Rosimeire.
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