quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

POLÍTICA - Manuel Marcos afirma que PL de Gestão Democrática beneficia Educação

O Líder do prefeito na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Manuel Marcos (DEM) usou a Tribuna, durante a Sessão desta quinta-feira, 7/2, para defender o Projeto de Lei (PL) 4/2013 de autoria do Poder Executivo e que trata sobre a Gestão Democrática das unidades escolares da Rede Pública Municipal de Ensino. De acordo com o vereador, o PL vem para criar mecanismos que possam melhorar a qualidade de ensino no Município de Aracaju.

“Aprendi que time que está vencendo não se mexe, mas nesse caso, é preciso mexer porque não podemos aceitar que nossos filhos continuem sendo prejudicado com um ensino de baixa qualidade”, destacou Manuel Marcos. Para o parlamentar, é preciso fazer uma analise da Educação em Aracaju, não apenas focando na eleição ou no modelo de gestão democrática. “Conhecemos países que não são tão democratas assim e o índice de educação está bem superior aos nossos”, disse.

Manuel Marcos mostrou-se preocupado com declarações de alguns professores da rede pública de Aracaju que só pensam na gestão democrática e não na estrutura destinada aos professores. “É inadmissível que um professor receba R$ 1.760 de salário. Isso não pode acontecer com um profissional de grande importância para a sociedade”, ressaltou.

De acordo com o parlamentar, o problema de uma escola não se resolve apenas a gestão. Para ele, existem problemas mais graves que devem ser levados em conta. “São crianças que chegam com desestrutura familiar, com problemas sociais graves, que chegam com muita fome na escola”, afirmou.

Para Manuel Marcos, a atual estrutura da Educação tem contribuído para uma constante queda no rendimento escolar dos alunos. “Não podemos deixar que um aluno de oito anos saia da escola sem saber ler. A escola deve fornecer as ferramentas necessárias para que ele saia preparado e não é essa a realidade e de quem é a culpa, dos professores? Não, está na estrutura, na baixa remuneração dos professores e na falta de estímulo”, assegurou.

Em aparte, o vice-líder do prefeito, Renilson Félix (DEM) afirmou não entender o por que do questionamento dessa reforma. “Não estamos extinguindo os cargos de diretores. Só estamos qualificando os gestores. Essas pessoas, que mais defendem o atual modelo, são do lado do Governo estadual que não implanta no Estado. Eles não querem porque é um fracasso. Se não serve para implementar no Estado não vai servir ao Município”, questionou.

Também em aparte, o vereador Max Prejuízo (PSB) ressaltou que a gestão democrática não deixará de existir. O parlamentar lembrou que sempre defendeu o fortalecimento do colegiado e da luta estudantil. “Fiquei preocupado quando disseram que iria acabar, mas quando li o projeto observei que irá fortalecer, tendo em vista que serão seis conselheiros que irão indicar o diretor”, frisou.

O vereador Dr. Agnaldo (PR), também em aparte, mostrou-se indignado com a Educação em Aracaju. “Como é estarrecedor esse problema no município. Hoje, encontramos pessoas que saem do ensino fundamental que não sabem nem escrever o nome”, disse. O parlamentar ressaltou que não está qualificado para discutir doutrinas da educação, no entanto, é hora de mudar. “Se isso permanecer, eu estarei dando parecer favorável ao que não presta”, assegurou.

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