segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

POLÍTICA - Manuel Marcos defende Reforma Administrativa e diz que PL não cria cargos

O líder do prefeito na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) vereador Manuel Marcos (DEM) usou a Tribuna durante Sessão Extraordinária nesta segunda-feira 4/2 para defender o Projeto de Lei (PL) 1/2013, que dispõe sobre a estrutura organizacional da administração pública municipal do Poder Executivo. Segundo o parlamentar, ao contrário do que a oposição está afirmando, o PL não criará despensas ao Executivo e nem criará novos cargos.

Para Manuel Marcos, a atual organização da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) é a mesma há anos. O parlamentar lembrou que a estrutura é datada do dia 6 de novembro de 1990, quando Aracaju tinha 400 mil habitantes. “Hoje, a realidade é outra, a população aumentou absurdamente e a estrutura ficou emperrada”, frisou.

Sobre a criação de cargos da estrutura administrativa, Manuel Marcos deixou claro que o que será feito é apenas uma oficialização dos cargos existentes na PMA. “Ouvi sobre criação de vagas, mas é o que de fato existe é uma regulamentação de cargos que não estavam associados a nenhuma secretaria, tudo por causa da desorganização e da estrutura defasada”, garantiu.

O líder do prefeito ressaltou que o prefeito João Alves Filho (DEM) é um político experiente e que segue os preceitos da Justiça. “Estamos definindo uma nova ordem de administração. Não considero um crescimento de cargos. O prefeito não cria para acomodar parceiros. Ele diminui os gastos para que possa aumentar a aplicação de recursos em itens de fundamental importância para a sociedade como a Saúde e a Educação”, afirmou.

Manuel Marcos apontou essas pastas como os principais gargalos das administrações anteriores dos últimos 20 anos. “Como médico sei o quanto as pessoas precisam da rede pública. Sei o quanto sofreram nos últimos anos”, destacou. Sobre a Educação, Manuel Marcos afirmou que a pasta passa por um perigoso processo de limitação e desprestígio. “Conheço professores que tinham vergonha de dizer que eram da rede municipal e isso tem que mudar

Sou egresso do ensino público e, na minha época, o ensino funcionava e nos preparava da maneira que deve ser”, assegurou.

Em um discurso emocionado, o vereador lamentou os indicies de avaliação da Educação no Brasil. “Só com a educação este país poderá voltar a ser uma grande nação. Nossos jovens saem da escola praticamente analfabetos. Precisamos modificar isso com a política correta, podemos ser nação de primeiro mundo e a Educação é a grande saída”, disse.

Em aparte, o vereador Iran Barbosa (PT), que é professor das redes municipal e estadual de ensino afirmou não ter vergonha de ser um dos educadores do Município. “Não tenho vergonha de sê-lo, até mesmo porque não considero minha, a responsabilidade pelas baixas metas. Aracaju sofre com uma política pública de exclusão. Países fronteiriços já conseguiram elevar os índices da Educação e o Brasil ainda não”, afirmou.

Também em aparte, o segundo secretário da CMA, Emmanuel Nascimento (PT) questionou Manuel Marcos no sentido de saber quantos cargos, de fato, seriam criados com o PL. O líder do prefeito afirmou que isso seria inviável. “Não daria em números porque não aumentam, mas regulamenta os que já existiam. São cargos em comissão que não estavam atrelados a nada”, finalizou.

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