O Bolsa Família, criado pelo Governo Federal no ano de 2004, é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Seu principal objetivo é assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável.
Foi isso que aconteceu com a diarista Luzineide Nunes Santos, de 40 anos, moradora do bairro Capucho. Ela esteve na manhã desta quarta-feira, dia 4, na Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) para devolver o cartão do benefício e fazer o seu desligamento do programa.
Beneficiária do Bolsa Família há oito anos, dona Luzineide contou que o dinheiro do auxílio a ajudou na complementação da renda da família, composta por ela e dois filhos. "Nas horas mais difíceis que passei eu tive o Bolsa Família para me ajudar", destacou. Com o benefício, a diarista conseguiu melhorar de vida e retornar ao mercado de trabalho. Por isso resolveu fazer o desligamento do programa.
"O Bolsa Família me ajudou de verdade. Agora que estou em uma situação de vida melhor, não seria justo continuar recebendo o benefício e tirar a possibilidade de ajudar uma outra família que precise mais que a minha", destacou.
Programa
O Bolsa Família atende mais de 12 milhões de famílias em todo território nacional. A depender da renda familiar por pessoa (limitada a R$ 140), do número e da idade dos filhos, o valor do benefício recebido pela família pode variar entre R$ 22 a R$ 200. Diversos estudos apontam para a contribuição do programa na redução das desigualdades sociais e da pobreza. O 4° Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio aponta queda da pobreza extrema de 12% em 2003, para 4,8% em 2008.
O Programa possui três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e programas complementares. A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Já os programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.
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