quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BRISA MAR - Famílias do Motu são transferidas para galpão

Durante dois meses, cerca de 200 famílias integrantes do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) irão viver em um galpão localizado na avenida Gasoduto, no conjunto Orlando Dantas, onde não serão ameaçadas de despejo. De acordo com a secretária adjunta de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), Edvaneide Souza, essa medida foi adotada até que as famílias encontrem casas para alugar.

"A prefeitura vai ficar responsável pelo pagamento do aluguel do espaço até que elas aluguem casas utilizando o auxílio-moradia concedido pela PMA durante três meses, no valor de R$ 300, limite máximo previsto em lei municipal", afirmou Edvaneide. Ela conta ainda que a transferência das famílias teve início na última segunda-feira, 16, e se estendeu até hoje, 17.

De acordo com Silvanei Jesus, integrante do Motu, o objetivo, nesse momento, é fazer com que as famílias encontrem logo casas para alugar e não precisem mais ocupar o local. "Estando no galpão, pelo menos sabemos que não teremos mais nenhuma ação de despejo a qualquer momento. Esperamos que o auxílio-moradia seja liberado de maneira rápida", declarou ele.

Cadastro

Durante o tempo em que as famílias ocuparem o galpão, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Semasc) irá fazer a inclusão de todas elas no Cadastro Único (CadÚnico). "É importante que as famílias se cadastrem, pois essa é a porta de entrada para todos os programas sociais, a exemplo do Bolsa Família", explicou a secretária adjunta.

Edvaneide Souza contou que a transferência das famílias para o galpão no conjunto Orlando Dantas foi feita de forma bastante pacífica. "Esse foi apenas o cumprimento de uma medida da justiça, um impositivo da lei. Além do mais, a PMA sempre manteve uma relação muito tranquila e amigável com os integrantes do Motu", disse.

Retrospectiva

No dia 2 de junho, 252 famílias integrantes do Motu ocuparam o condomínio Flat Atalaia, localizado na avenida Mário Jorge, na Coroa do Meio, abandonado já há alguns anos. Uma semana depois da ocupação dos apartamentos pelas famílias, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) enviou ao local uma liminar determinando a desocupação do prédio.

Foi dado às famílias um prazo de 10 dias, que se estendeu até 24 de junho. Após deixar o flat, os integrantes do Motu passaram a ocupar a avenida Mário Jorge, sendo retirados do local por decisão da Justiça no dia 18 de julho. A remoção foi feita pela Semasc, com o apoio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

Em seguida, as famílias foram encaminhadas pela Semasc a fim de realizar o cadastro nos programas sociais. A PMA garantiu também a concessão de auxílio-moradia durante três meses para as famílias cadastradas, desde que não possuam outro imóvel e tenham em sua companhia filhos, crianças ou adolescentes.

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