quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MUNICÍPIOS - Morre recém nascido abandonado na cidade de Richuelo

O recem nascido encontrado na noite do último domingo, dia 15, de aproximadamente seis meses de vida dentro de uma caixa de sapato, ainda envolto em placenta, no Centro de Riachuelo, não resistiu e morreu ontem à noite na maternidade Nossa Senhora de Lourdes em Aracaju.

De
acordo com profissionais da área médica que o atenderam, a criança, do sexo masculino de aproximadamente um quilo seria possível vítima de parto prematuro provocado por substâncias abortivas. O fato foi comunicado ao Conselho Tutelar local que ajudou no trabalho investigativo da polícia.

Com os levantamentos em postos de saúde e hospitais locais, a polícia chegou a Gleice Daiane Silva Santos, que, a princípio, negou ser a mãe da criança. No entanto, ao tomar conhecimento de que a criança estava viva e que ela seria submetida a imediatos exames clínicos para constatação de vestígios de gravidez e a exame de DNA e ao se deparar com a caixa em que abandonara o filho, Gleice confessou a tentativa de aborto e o abandono.

De acordo com a delegada Regional de Maruim, Mayra Fernanda Moinhos, Gleice se envolveu com um rapaz sem manter relacionamento fixo. Ao descobrir a gravidez optou por não contar ao pai e abortar. Ela afirmou à polícia ter tomado remédios abortivos, no entanto, acabou sendo surpreendida com o fato da criança ter nascido com vida.

Segundo Gleice, a intenção não era causar a morte a criança, mas sim que alguém encontrasse e cuidasse dela. A acusada tem uma filha de cinco anos e confessou, ainda, que há três anos já tinha praticado o primeiro aborto. “Infelizmente, Gleice não foi presa em flagrante, mas o caso já se encontra elucidado. Algumas testemunhas já foram ouvidas e ela já foi submetida a exame médico incluindo curetagem. A jovem de 23 anos vai responder por tentativa de aborto e abandono de incapaz”, esclareceu a delegada Mayra Moinhos.

As circunstâncias da venda de abortivos e a possível participação de pessoas que teriam ajudado Gleice, também será apurada. Ainda de acordo com a delegada Mayra, as providências quanto ao futuro da criança já estão sendo tomadas. A polícia, o Conselho Tutelar e o Ministério Público agilizam as providências necessárias, como identificação do pai da criança e identificação de sua maternidade para possível futuro processo de adoção, no entanto, a saúde da criança exige muitos cuidados.

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