quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

GERAL - Aracaju tem o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Familiar do país

Depois de ser apontada como a capital brasileira da qualidade de vida, Aracaju é destaque mais uma vez ao apresentar um Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) igual ao de São Paulo e o terceiro melhor do país. O indicador faz parte de um levantamento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para identificar como e onde vivem os miseráveis brasileiros. A pesquisa mostrou que, nos municípios com políticas públicas articuladas, o bem-estar econômico e social é uma realidade.

Aracaju, São Paulo (SP), Teresina (PI) e Natal (RN) estão no mesmo patamar e têm um IDF de 0,55, atrás apenas das campeãs Curitiba (PR) e Salvador (BA), com índices de 0,59 e 0,58, respectivamente. Para subsidiar a composição dos dados, seis aspectos foram levados em conta: vulnerabilidade familiar, escolaridade, acesso ao trabalho, renda, desenvolvimento infantil e condições de habitação. O levantamento foi realizado a partir do Cadastro Único, um estoque de informações sobre as famílias assistidas pelo Programa Bolsa-Família do Governo Federal.

Segundo a secretária Municipal de Assistência Social e Cidadania, Rosária Rabelo, os números refletem a seriedade como a política de assistência social é articulada com outras políticas setoriais, a exemplo de saúde, educação, emprego e habitação. "É com muita alegria que recebemos a notícia de que somos a teceria capital do país com melhor Índice de Desenvolvimento Familiar, comprada inclusive a São Paulo, que é a maior metrópole da América Latina. Isso demonstra o compromisso da atual administração com a questão social, a qualidade de vida do município e da população que nele vive. Nossa responsabilidade só aumenta a partir de agora", afirmou.

Integração

O economista da Universidade Federal de Sergipe (UFS), professor Márcio Rogers Melo de Almeida, explica que a construção do IDH vem mostrar que a gestão integrada das políticas sociais nas esferas federal, estadual e municipal é capaz de viabilizar patamares superiores de bem-estar. "O segredo está em potencializar os efeitos positivos dos programas existentes nos diversos níveis de governo, evitando as sobreposições de ações que desperdiçam recursos. Isso depende, sobretudo, da capacidade dos gestores locais em criar estratégias e planejar ações que melhor interajam com as políticas implementadas por outros entes", observou.

O prefeito Edvaldo Nogueira atribuiu o resultado da pesquisa ao projeto de governo dos últimos oito anos, que passou a priorizar os setores da sociedade que mais precisam da ação do poder público. "Já vínhamos observando avanços significativos depois que Aracaju foi apontada como a capital com melhor qualidade de vida do país e os dados recentes só reforçam essa constatação. Isso se reflete em todas as áreas - habitação, saúde, assistência social -, nos enche de alegria e nos estimula a trabalhar ainda mais para construir uma cidade cada vez melhor de se viver", comentou.

Pobreza

O estudo do MDS revela que as camadas mais pobres do Brasil estão onde as ações do poder público são meramente assistencialistas, o trabalho assalariado é algo raro e a escolaridade está abaixo da média nacional. Nesses locais, é predominante os piores indicadores de acesso ao conhecimento e ao trabalho, expressos na presença de analfabetos ou pessoas com menos de quatro anos de estudo e com rendimento abaixo de um salário mínimo. As capitais com pior desempenho são Macapá (AP) e Porto Velho (RO), com IDF 0,48. Em mais de três mil municípios, esse índice chega a 0,05.

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