sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CIDADE - Moradores do Bugio comemoram calçamento e esgotamento de ruas

A espera acabou para milhares de pessoas que vivem no bairro Bugio. A Prefeitura de Aracaju concluiu as obras de drenagem e pavimentação de 15 vias da localidade, acabando com a lama e os alagamentos que costumavam aborrecer os moradores. Os trabalhos duraram cerca de um ano e resultaram em mais de 2 km de redes de esgoto e vias construídas.

Do parelelepípedo ao meio fio, do cimento à tubulação, a ação consumiu R$ 950 mil em recursos recolhidos por meio do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Além de benefícios diretos para a população, as intervenções geraram dezenas de empregos, através das construtoras contratadas - Interenge e GP. Cada uma empregou de 20 a 40 operários por dia em cada fase da obra.

Todo o processo de melhorias na região foi acompanhado pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb). Segundo o engenheiro fiscal da obra, Rubem Menezes Carvalho Filho, a prefeitura procurou preparar o esgotamento sanitário de todas as residências antes de fazer o recapeamento, pois a região fica próxima a um manguezal banhado pelo rio Poxim.

"Preparamos o escoamento das águas pluviais e fluviais, além dos resíduos das casas, com a implantação de 1.317 metros de tubo. Isso é para evitar acúmulo de águas nas vias, que também receberam toda a ação de urbanização, com o calçamento de 2.000 metros em pedra, e a colocação de 3.240 metros de meio-fio. Isso tudo dá mais qualidade de vida à populãção", afirma Rubem.

Dignidade

A casa é a mesma, mas a condição de habitação é totalmente diferente para a dona de casa Renildes Santana Lima, 38 anos. "Tinha um buraco enorme aqui em frente. Eu ficava até com medo de deixar as crianças sairem sozinhas para brincar ou estudar. A Prefeitura mudou para muito melhor a minha vida", conta Renildes.

As vizinhas Jussara Barbosa, 18, Gorete Menezes, 37, e Aniele Santos, 21, há mais de quatro anos dividiam o sofrimento de conviver com o mal cheiro e a sujeira na rua Travessa Ana Célia. "Agora dá até gosto dar o endereço", resume a mais nova. "Temos como ir trabalhar com facilidade e segurança, sem os buracos e a lama", apontam Gorete e Aniele.

Quem mora há mais tempo ali lembra da época em que não havia nem rua sequer. O funcionário público Etevaldo Fontes, 48, diz que a maré ditava a vida de quem residia no local. "Fico feliz de ver como o Bugio está agora. Várias vezes tive vontade de sair do bairro, mas perseverei e valeu a pena esperar", revela, enquanto segura uma foto antiga, na qual posa com os filhos em frente a sua casa.

Já o motorista aposentado José Carlos de Souza, 52, aproveita o calçamento da rua Marcos Tourinho para passear de bicicleta. "Eu dirigia ônibus e caminhão de coleta de lixo por toda a cidade e lamentava o fato de não poder entrar no local onde morava com um veículo de passeio de fosse. Hoje os carros podem circular sem problema e eu vou de um lado a outro tranquilamente, curtindo a tarde", comenta.

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