quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

USINA - Déda reafirma o interesse de Sergipe em sediar uma usina nuclear

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, assegurou nesta quarta, 10, ao governador Marcelo Déda que "não há decisão tomada sobre o local onde será construída uma usina nuclear". Sergipe, disse o ministro, em seu gabinete em Brasília, está entre os estados candidatos. Na reunião, o governador expôs ao ministro as vantagens comparativas da construção da usina no estado. Lobão garantiu, também, que Sergipe será informada da tramitação da proposta e que a decisão será dele e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com base em informações técnicas.

"O ministro foi muito receptivo ao pleito de Sergipe. Ele informou que já repassou as informações e considerações técnicas à comissão que trata do assunto", relatou Déda. No início de 2009, o estado candidatou-se à instalação da usina por meio de ofício junto à presidência da República. "Sergipe está entre os estados que oferecem as melhores condições para este projeto".

Energia limpa

De acordo com a exposição do governador, trata-se de um empreendimento seguro, pois, com as novas tecnologias, os riscos das usinas termoelétricas são semelhantes aos das demais matrizes energéticas. Além disso, "é uma energia que não polui, é limpa, que não contribui com o efeito estufa, do aquecimento global. Por fim, se a usina for construída no eixo do rio São Francisco - em Pernambuco, Bahia ou Alagoas -, Sergipe já estaria exposto de qualquer jeito".

Lobão, por seu turno, reafirmou a segurança da matriz nuclear e os avanços tecnológicos no setor. De tal forma que o Rio de Janeiro, onde já foram construídas duas usinas nucleares, não abre mão da terceira, Angra 3. O ministro lembrou, ainda, que os rejeitos das usinas ou lixo atômico deixaram de ser problema para tornar-se solução com a tecnologia de seu reaproveitamento.

Polo produtor

Entre as vantagens do estado, Déda lembrou ainda que Sergipe já é um estado produtor e exportador de energia. Hoje, ele produz energia elétrica (Hidrelétrica de Xingó), gás e petróleo (Petrobras), etanol e a proveniente de biomassa (bagaço da cana-de-açúcar). O estado, enumerou o governador, está preparado para gerar energia a partir do biodiesel (Usina Campo Lindo) e energia eólica. Esta última por meio de um projeto aprovado pelo Ministério de Minas e Energia com financiamento de R$ 200 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Assim, concluiu o governador, a nova matriz terá "grande impacto na economia sergipana com geração de serviços e fortalecimento da economia estadual, consolidando Sergipe como polo produtor de energia para o Nordeste, das mais variadas matrizes. Para nosso estado, isto significa o fortalecimento da economia estadual".

Pedro Lopes, representante de Sergipe em Brasília, acompanhou o governador.

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