segunda-feira, 3 de agosto de 2009

HEMOFÍLICOS - Hemose oferece atendimento de urgência para hemofílicos

Uma equipe interdisciplinar formada por médicos hematologistas e hemoterapeutas, enfermeiros, técnicos, assistentes sociais, psicólogos, ortopedistas, fisioterapeutas, biomédicos, pedagogos e terapeutas do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) está prestando atendimento de urgência para os hemofílicos da capital e do interior. Existe atualmente cerca de 150 pacientes portadores de hemofília cadastrados e assistidos no ambulatório do hemocentro.

O grupo é coordenado pela diretora técnica Mariamália Andrade e as hematologistas Inês Teles e Lourdes Alice Marinho, que atuam em regime de plantões. Qualquer pessoa com sintomas ou com a confirmação da doença pode ser atendida na urgência do ambulatório, desde que seja encaminhada por um médico da rede pública ou privada, segundo informou a hematologista Lourdes Alice.

“Para que o paciente receba atendimento interdisciplinar com odontologia, fisioterapia, psicologia, além de transfusões sanguíneas e medicamentos como os fatores VII e VIII, basta que um médico o encaminhe até o ambulatório, mesmo que não haja certeza do diagnóstico. Chegando aqui, nós realizamos os testes confirmatórios e iniciamos os protocolos”, afirmou.

Ainda de acordo com a médica, os hemofílicos cadastrados na rede municipal de Aracaju também podem ser atendidos pelo ambulatório do Hemose. Basta apenas um encaminhamento para que recebam o tratamento necessário. Caso o paciente cadastrado na unidade não tenha condições físicas ou financeiras de ir ao Hemose para receber as transfusões ou medicamentos, uma equipe do órgão vai até a residência prestar toda assistência necessária.

Atendimento

O Hemose atende mensalmente a cerca de 150 pacientes com hemofilia. No ambulatório cada paciente é recepcionado pelo Serviço Social e passa por uma avaliação com um dos hematologistas de plantão. Se houver confirmação da doença, a pessoa é encaminhada para o tratamento, que inclui a reposição do 'fator' de coagulação sanguínea, sessões de fisioterapia e assistência odontológica especializada.

Lourdes Alice informou que o paciente com hemofilia precisa ser tratado até o fim de sua vida para conviver com a doença e, por isso, tem seu estado de saúde acompanhado com regularidade pela equipe do hemocentro.

A doença

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), existem 8.196 hemofílicos no Brasil e 11.004 pacientes com algum tipo de doença sangüínea hereditária. Em todo o mundo, cerca de 75% dos hemofílicos não possuem acesso ao tratamento mínimo necessário. Há, atualmente, 40 Centros de Hemofilia no país, inclusive em Sergipe, e as ações educativas ainda são uma grande demanda do serviço.

A hemofilia é uma alteração genética e hereditária no sangue que dificulta a coagulação sanguínea. O gene que causa a hemofilia está localizado no cromossomo X. O portador da doença não possui um dos fatores de coagulação sanguínea em quantidade ou qualidade suficientes.

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