quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SAÚDE - Acolhimento no PS do Hospital de Glória melhora a atenção ao usuário

Embora esteja funcionando em um espaço menor devido às obras de reforma e ampliação, o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória não abriu mão das ações de humanização que ajudam a qualificar o atendimento aos usuários do SUS. O acolhimento aos pacientes vem sendo tratado como uma das prioridades da atual gestão do hospital, principalmente na unidade de Pronto-Socorro (PS).
Após o término do Curso de Gestão Hospitalar, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no ano passado, foi constituído o colegiado gestor do Hospital de Glória, formado por coordenadores de serviços de todas as áreas e com a função de melhorar os encaminhamentos e a atenção aos usuários.Segundo José Adeilson dos Santos, diretor geral do hospital, todos os meses são realizadas reuniões do colegiado gestor para avaliar os problemas referentes à unidade. “Pretendemos implantar o acolhimento por classificação de risco, como ocorre no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas devido à falta de espaço, por conta da reforma, ainda não pudemos trabalhar com o modelo”, explica.
Porém, Adeilson informa que já houve treinamentos voltados para o pessoal da portaria e da área de enfermagem, visando dar prioridade de atendimento aos casos mais graves. “Isso tem melhorado bastante o fluxo dos pacientes”, destaca o diretor geral do hospital.De acordo com ele, a unidade hospitalar tem uma demanda de atendimento muito grande. “Atendemos pessoas de 11 municípios da região do Alto Sertão sergipano, algo em torno de cinco mil por mês. Somente na urgência, prestamos assistência a 120 pessoas por dia”, informou Adeilson, acrescentando que na unidade o paciente é entendido como cidadão, daí a importância do acolhimento.
Estrutura
A triagem dos casos mais graves é feita por um auxiliar de enfermagem, que fica na sala de espera do prontossocorro. “Dispomos de recepção e da sala de pré-consulta, onde um técnico de enfermagem verifica a pressão arterial e a temperatura das pessoas e as encaminha ao médico que, por sua vez, faz a consulta. Temos ainda sala de observação masculina e feminina”, completou Adeilson.
O hospital dispõe de 61 leitos, distribuídos nas áreas de clínica médica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica e ortopédica, além da urgência. "Temos também um centro cirúrgico, três leitos para isolamento, uma sala de parto e um ambulatório para atendimento agendado de ortopedia, com cinco ortopedistas por semana”, acrescentou. Com a ampliação do hospital, serão três centros cirúrgicos e um total de 120 leitos.
UsuáriosPara a dona de casa Maria Conceição dos Santos, 60 anos, moradora da cidade, o acolhimento no hospital é visto com bons olhos. “Esta é a segunda vez que venho aqui”, conta a senhora, que teve um problema na perna direita e se dirigiu à unidade com fortes dores, no último sábado, 22. “Tomei umas injeções e o médico mandou que eu retornasse na segunda-feira. Até pensei que ia demorar, mas fui atendida rápido e achei os funcionários muito prestativos”, disse dona Maria Conceição.
Conforme José Edjenaldo Oliveira, a infraestrutura do hospital ainda não é a ideal, mas o atendimento é humanizado. “Fiquei aqui acompanhando a minha filha recém-nascida que estava internada e infelizmente ela veio a falecer, mas a atenção dos profissionais foi excelente, não tenho do que me queixar deles”, disse José Edjenaldo.

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