A brigada estadual de combate à dengue continua percorrendo o território sergipano com a missão de afastar o risco de uma epidemia no estado. Na manhã desta sexta-feira, 4, 132 agentes de endemias e 15 supervisores da Secretaria de Estado da Saúde (SES) visitaram os imóveis da Atalaia Nova, na Barra dos Coqueiros. Desde a última quinta, 3, as ações acontecem na sede do município e em outros povoados.
“Nestes dois dias, os agentes de endemias visitaram cerca de 10 mil imóveis, fazendo eliminações de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, aplicando o larvicida e orientando os moradores”, informou Eraldo Fontes, supervisor da SES responsável pela brigada. Segundo ele, o principal problema da Atalaia Nova está nas casas de veraneio que ficam fechadas, impedindo que a brigada tenha acesso.
O trabalho do grupo itinerante foi iniciado em janeiro deste ano e, com o término do período de chuvas fortes, deve ser intensificado nos próximos meses. “Fomos capacitados pelo Estado e estamos em campo por já estarmos praticamente no verão. As pessoas devem estar bem orientadas, pois um mosquito só é capaz de contaminar 300 pessoas”, afirmou a agente de endemias, Verônica Alves da Silva.
“Já tive dengue duas vezes e é muito triste, dói muito a cabeça e eu fiquei 15 dias sem comer direito, sofri muito. Me disseram que eu posso ter agora a dengue hemorrágica, por isso eu cuido da minha casa, não deixo água parada e as garrafas ficam tudo de cabeça pra baixo”, garantiu a pescadora Luziária Maria Souza, 45 anos, que é mãe de cinco filhos e reside na Atalaia Nova.EncontrosDe acordo com a diretora do Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica, Sidney Sá, a SES tem mantido encontros frequentes com os agentes de endemias.
"Realizamos pelo menos três reuniões para manter as capacitações dos agentes e passar outras informações em relação ao trabalho da brigada itinerante", disse.
Sidney destacou que foi justamente esse trabalho contínuo que proporcionou uma redução de mais de 96% na incidência da doença em Sergipe, cujo número de casos confirmados caiu de 24,5 mil em 2008 para cerca de 550 neste ano. “Nosso objetivo é não parar, pois a principal arma para combater a doença é a prevenção, algo que deve ser trabalhado de maneira ininterrupta”, finalizou.
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