segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

REDUÇÃO DE ESTÔMAGO - CIRURGIA É REALIZADA PELA PREFEITURA

Uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), o Governo do Estado e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), proporcionou a criação do Ambulatório de Triagem para Pessoas com Obesidade, instalado no Hospital Universitário de Sergipe (HU). Em 2009, o setor realizou mais de 20 cirurgias bariátricas.

O número de cirurgias efetuadas varia de acordo com a evolução do paciente durante o tratamento, que pode durar de um ano a um ano e meio. De acordo com a coordenadora do Programa de Cirurgia Bariátrica do HU, a assistente social Ulívia Kolming, no decorrer desse período alguns pacientes desistem de fazer a operação por melhorarem notavelmente durante o pré-operatório. "Algumas vezes, o resultado do acompanhamento feito pelos profissionais de endocrinologia, psicologia, enfermagem e assistência social ensina o paciente a ser disciplinado e mostra que ele é capaz de conseguir seu objetivo", afirma.

Em contrapartida, para alguns pacientes o tratamento pode se prolongar ainda mais. Isso acontece por causa diversidade de fatores que comprometem a eficácia da preparação e recuperação. "O nosso trabalho é verificar os eventuais impedimentos que o paciente tenha para realizar o tratamento e tentar solucionar esses problemas. Muitos deles têm uma situação socioeconômica desfavorável e não têm nem dinheiro para o transporte. Além disso, tem a questão da exposição, pois muita gente tem preconceito e os aponta na rua", explica a coordenadora.

Tratamento

Para fazer parte do Programa de Cirurgia Bariátrica, o paciente deve ser encaminhado por uma Unidade de Saúde ou fazer o cadastro diretamente na Assistência Social do HU, depois da realização de alguns exames. Mesmo fazendo parte do programa, os pacientes são submetidos a novos exames com frequência.

Durante os dezoito meses, em média, que passam indo e vindo do HU, os pacientes ainda participam de reuniões educativas mensalmente. "Procuramos trazer pessoas que já fizeram a cirurgia, conseguiram concluir o tratamento e hoje se encontram saudáveis e felizes, para que os pacientes percebam que é possível transformar os maus hábitos. Ainda há palestras com os profissionais da equipe do programa, o que inclui temas relacionados à nutrição, psicologia, cirurgia plástica do estômago, enfermagem, endocrinologia e assistência social", conta Ulívia.

Cirurgia

De acordo com a endocrinologista Karla Freire, todas as decisões referentes ao tratamento são tomadas com muita cautela. "Os pacientes que chegam aqui geralmente são encaminhados por alguma unidade de saúde. Mas, mesmo assim, fazemos novamente toda a triagem no ambulatório multidisciplinar", afirma.

O procedimento é realizado sempre às terças-feiras, a partir das 14 horas. "Para os pacientes de baixo risco, um nutricionista prescreve a reeducação alimentar, aliada a exercícios físicos. Os casos de obesidade grave também são acompanhados com dieta e exercícios físicos, além de medicamentos controlados. Já as pessoas com obesidade mórbida são preparadas para a cirurgia bariátrica", explica. Após a cirurgia, todos os pacientes se recuperam com o acompanhamento de nutricionista e psicólogo.

"Atualmente, nós realizamos quatro cirurgias por mês. No entanto, a pretensão é ampliar o ambulatório e realizar 10 procedimentos por mês. É o que denominamos de demanda reprimida, pois como o serviço não existia antes, a procura ficou acumulada", esclarece a médica.

Para mais informações sobre o serviço, os interessados podem entrar em contato através do telefone: (79) 2105-1775.

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