A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por recomendação do Ministério da Saúde, já começou a substituir o larvicida Temephos, utilizado para controlar a proliferação do Aedes Aegypti, pelo Diflubenzuron, devido à resistência criada pelo mosquito. O novo produto está sendo testado em Aracaju, Barra dos Coqueiros, Divina Pastora, Itaporanga D'Ajuda, Laranjeiras, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, São Cristóvão, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro.
De origem biológica, o novo larvicida não agride o meio ambiente e é tão eficiente quanto ao que era utilizado anteriormente. “O Diflubenzuron leva em média uma semana para matar o Aedes Aegypti, pois ele ataca a cutícula, pele, do vetor impedindo que o mesmo chegue à fase adulta”, explicou Sidney Sá, gerente do Núcleo de Endemias da SES. Segundo ela, esse processo de ação contra o mosquito transmissor da dengue não representa risco à população.
Paulo Conceição, supervisor de Endemias da Secretaria de Saúde de Aracaju, acrescenta que o Diflubenzuron também traz menos riscos para a saúde dos agentes de endemias. “O Temephos entrava em contato direto com a pele dos agentes por ser um pó e o Diflubenzuron é líquido e tem que ser diluído na água. Antes, os agentes precisavam fazer exames periódicos devido às irritações que apareciam nas mãos”, relatou o supervisor.
Sobre a diluição do produto, a agente de endemias da capital, Maria Gilda dos Santos, destacou uma vantagem na aplicação do produto. “Apesar de o trabalho ter se tornado mais complexo, devido à necessidade de medir o recipiente de água onde será diluído o larvicida, o peso de nossas bolsas ficou menor, pois não precisamos mais carregar dois pacotes de pó”, ponderou Maria Gilda.
As discussões sobre a substituição do Temephos pelo Diflubenzuron começaram no final de março do ano passado, quando o Ministério da Saúde enviou a Sergipe representantes do Programa Nacional de Controle da Dengue. Em maio, a Secretaria de Estado da Saúde realizou capacitações voltadas para agentes e supervisores de campo de nove dos dez municípios considerados prioritários para a troca do larvicida. Para os agentes da capital, os treinamentos foram ministrados pela própria secretaria municipal de Saúde.
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