segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CULTURA - Museu Histórico de Sergipe está aberto à visitação pública

Sergipanos e turistas de todo o mundo já podem voltar a visitar o Museu Histórico de Sergipe (MHS). Depois de dois anos de reformas e restaurações, o mais antigo museu do estado vai completar 50 anos em março de 2010 e vai dispor de um auditório batizado com o nome da historiadora e museóloga Maria Thétis Nunes, salas de souvenirs, exposições temporárias, dentre outros. Localizado na praça São Francisco, candidata a Patrimônio da Humanidade em São Cristóvão, a unidade da Secretaria de Estado da Cultura tem mais de 4 mil peças em seu acervo.

Todas as inovações estão previstas em um Plano Museográfico, feito pela primeira vez na história do museu, e que passará a diferenciá-lo como um espaço bem planejado e funcional, e não apenas como um local de exposição de peças antigas. “O projeto museográfico foi pensado com base no acervo que nós temos no museu. Temos peças riquíssimas e de importante valor histórico disponíveis aqui, por isso pensamos em dispor o acervo de uma forma limpa e objetiva para que o público saísse daqui satisfeito e interessado”, afirmou a museóloga que assinou o 1º projeto museográfico do Estado, Anne Caroline.

De acordo com a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, reabrir e manter o devido funcionamento do Museu Histórico de Sergipe, marca o início da volta do funcionamento dos museus e igrejas de São Cristóvão para visitação pública e manutenção de um positivo fluxo turístico. Desde a última sexta-feira, 13, não só o MHS, mas o Museu de Arte Sacra e as igrejas do município estarão abertos ao público durante os dois turnos do dia.

“O nosso passado nos ajuda a enxergar quem somos, portanto, a reabertura do museu é um presente, principalmente porque celebramos recentemente o Dia Nacional da Cultura. Foi-se o tempo em que o museu era o lugar para onde iam as coisas velhas. Hoje, ele é um espaço que pode contribuir na formação da cidadania, é um espaço que deve trabalhar a interação com a sociedade”, afirmou.

Segundo a secretária de Cultura de São Cristóvão, Aglaé Fontes, preservar o museu histórico é preservar a memória do estado. “Um museu fechado é uma casa de memória que não presta as informações necessárias às novas gerações e à comunidade. O povo de São Cristóvão tinha grande expectativa porque este museu representa não só um pólo de memória, mas também de afetividade da própria cidade com ele. Reabri-lo é uma ação extremamente valiosa”.

A reabertura do museu reforça a vocação de São Cristóvão para atrair turistas por conta de sua riqueza histórica. "Com o MHS reaberto, teremos não apenas mais turistas, mas também a história da cidade e do estado estará fortalecida”, declarou a advogada Alexandra Bernhardt, que reside em São Cristóvão com a família.

Acervo

Diverso em sua origem, o prédio e o acervo do museu remontam o século XVIII com temas da sociedade provincial e republicana, numa cronologia que perpassa a mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, em 1855, a falência do regime monarquista e implantação de nova ordem política de 1889.

O diretor do MHS, Thiago Fragata, explica que o museu estará funcionando em sua plenitude na comemorações de seus 50 anos. “Resolvemos reabrir o museu para visitação diante dos inúmeros pedidos da população e de turistas. As pessoas precisam contemplar esse belo local e suas obras de arte. A total recuperação do prédio depende apenas de alguns ponto do Plano Museográfico. Falta apenas a finalização do afresco da sala Horário Hora, ou seja, o serviço de pintura da parede”.

Entre as 4 mil peças do MHS estão obras de artes plásticas, mobiliário, numismática e medalhística, porcelana, documentos, armaria, entre outras. “A missão do Museu Histórico de Sergipe é salvaguardar a memória e identidade do povo sergipano representado nos bens móveis e imóveis que compõem seu acervo. Pretendemos, com a reabertura do museu, fazer uma ação integrada com a comunidade, pois o nosso foco não é somente o turista ou a escola. Nós temos a preocupação de trabalhar com a comunidade, para que a comunidade se identifique e preserve a cidade”, afirma Thiago Fragata.

Para o subsecretário de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural, Luiz Alberto, a reabertura do museu marca uma nova fase no entendimento do Estado sobre o patrimônio. "Eu me sinto muito orgulhoso de fazer parte dessa nova política do Estado, pois o patrimônio é o registro da história do povo e é nesse sentido que nós estamos, juntamente com o município e o Iphan, estabelecendo um novo momento da valorização do patrimônio histórico de São Cristóvão”, enfatiza.

Nenhum comentário: