quarta-feira, 3 de março de 2010

SAÚDE - Saúde realizará teste para diagnóstico da hepatite C no Presídio Feminino

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Hospital Universitário (HU) e o apoio da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), vem realizando, desde o ano passado, o teste rápido para diagnóstico da hepatite C nos internos de presídios sergipanos. Nesta sexta-feira, 5, a partir das 8h, os técnicos vão examinar as internas do Presídio Feminino (Prefem), localizado no bairro América, em Aracaju.

Segundo Áurea Dantas, técnica responsável pelo Programa de Hepatites Virais da Vigilância Epidemiológica da SES, os presídios, por serem locais de confinamento, são mais vulneráveis a este tipo de doença. “O contágio da hepatite C se dá através de qualquer atividade que envolva sangue, então os usuários de drogas, as pessoas que fazem tatuagens e colocam piercings são mais suscetíveis a serem portadoras da doença”, explicou.

A primeira ação aconteceu em setembro de 2009, quando a equipe fez o teste rápido em cerca de 150 internos do Presídio Estadual de Areia Branca (Peab). Na ocasião, oito exames apresentaram resultado positivo. Todos os casos foram encaminhados para tratamento. “No Prefem, existem 135 internas. Nossa meta é fazer o teste com todas, mas só submetemos a pessoa ao exame por decisão voluntária dela”, enfatizou Áurea Dantas.

O tipo do exame que será realizado entre as presas é semelhante ao teste rápido para detecção do vírus da Aids, o HIV. É retirada uma amostra de sangue da ponta de um dos dedos e o diagnóstico sai em no máximo 20 minutos. “Convidamos também a equipe da Secretaria de Saúde de Aracaju para aproveitar a nossa ida ao Prefem e vacinar as internas contra a hepatite B”, informou a técnica da SES, acrescentando que para o tipo C ainda não existe vacina.

Hepatite C

Estima-se que 3% da população mundial esteja contaminada pela hepatite C, atingindo níveis dez vezes maiores no continente africano. A doença é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o hepatocarcinoma (neoplasia maligna do fígado). A Organização Mundial da Saúde (OMS) a considera como um dos principais problemas de saúde pública, sendo a maior causa de transplante hepático.

Sua transmissão pelo sangue ocorre mais facilmente do que o vírus da Aids. A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizados. Recomenda-se a utilização de descartáveis de uso único, bem como de material próprio em manicures. Aproximadamente, metade dos pacientes tratados é curada.

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